Bronze
Observando a
perfeição do bronze estático
O movimento
parado no meio do nada
Penetrado
pelo olhar imóvel e fanático
Frieza e
dureza da palavra selada
Mestria de
uma arte milenar
A pureza do
sentimento esculpido
O desespero
preso no olhar
A beleza do
complexo esclarecido
Oiço as
pancadas surdas do cinzel
Formam-se
linhas como um pincel
Passo a
passo ergue-se a torre de babel
O bronze oco
reflete a luz
Tal precisão
só o mestre reproduz
Esta língua,
ninguém a traduz
Nuno Vilão, 11.º J
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