Descoberta
Escrevo, porque gosto. Escrevo, porque me faz bem, pois, assim, exteriorizo os meus sentimentos, aclaro as minhas ideias e dou asas à imaginação. Às vezes, se não escrevo, parece que vou “explodir”. Esta é uma dessas vezes. Agora, tenho a necessidade de escrever, porque me apercebi de algo importante, pelo menos para mim.
De quando em vez, certas questões perturbam-me, tiram-me o sono e distraem-me. Eu sei que no fundo conheço a resposta, mas os sentimentos e a insegurança, ou seja, a minha parte irracional, fazem com que eu perca todas as certezas. O meu senso comum fica, de certa forma, deturpado e a minha “visão” dos acontecimentos torna-se “turva”. A verdade parece irreal e não consigo alcançá-la com clareza.
Encontro-me numa dessas alturas, num impasse entre a verdade e o meu conceito de realidade, em que as respostas parecem inatingíveis. No fundo, o ser humano está constantemente a fazer perguntas sem resposta, e é isso que o torna um ser racional e inteligente, o teor das suas questões. O que acontece é que algumas delas necessitam de explicação mais rapidamente, porque nos afligem mais.
Em conclusão, tudo isto para chegar à minha “descoberta”. Ao ler um conto antigo que escrevi, deparei-me com a solução para as minhas interrogações. Apercebi-me, então, que a escrita além de me ajudar no instante imediato em que ponho as minhas ideias no papel, pode ainda ter propósitos futuros, ainda que eu não os entreveja.
Ana Isabel Corceiro,11ºD, Escola Secundária de Camões
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