O Homem




Tudo tem que ter um início,
Um princípio, um objectivo.
E, com ou sem adjectivos,
Terá sempre como fim um sorriso.
Uns abertos, outros frouxos e ainda outros
Austeros e sérios, com um olhar vazio, imperturbável,
Gritando, desesperados, mas já sem voz.



Porém, magoado e frio, pagando a dureza do brio,

Ostentado em tempo outrora,
Vassalo de si mesmo, cego do verdadeiro suserano,

Que aparentemente o condenara à servidão,
Mas na verdade o libertara, e o amará para sempre…



E vendo para além do quadrado,
Para além do misterioso ângulo recto que se impõe, firme e duro,

Aventando soluções, certo de que curioso e adicto findará,

Uma dura história, repleta de segredos,
Verdadeiramente inconsciente da perda, do sonho,

Que é tão simples, tão inerente,
Que cabe todo ele, cá dentro…



Tiago Esteves, 11ºD, Escola Secundária de Camões

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