Dormir
Ao longo do dia, realizamos tarefas que nos desgastam e, ao chegar a casa, executamos uma série de outras que consomem também a nossa energia. Assim, dormir é essencial para a vida, e sem esta atividade passiva, não é possível a existência de seres.
Por um lado, dormir, desde os tempos históricos, foi uma ação que
acarretava um valor simbólico. Isto é, em épocas de reis e rainhas, dormir
afigurava-se à posição de morte, pelo que esta atividade inativa marcava um
esforço por parte destes, pois estavam implícitos sentimentos de medo, de
receios, nomeadamente, que aquela situação os levasse à morte.
Numa outra perspetiva, dormir, sendo algo vital, em que a sua realização
em quase nada despende da nossa vontade, apresenta contradições na nossa
sociedade. Ou seja, por vezes, na existência de insónias, nós seres humanos,
tentamos, esforçamo-nos, empregamos tudo o que resta da nossa energia em voltar
a dormir. Deste modo, já que dormir se torna difícil, porque não agir em
conformidade com a situação e preparamo-nos para um novo dia?
Assim, apenas não realizamos a sugestão anterior, porque a sociedade nos
condiciona em todas as nossas ações. Isto é, é-nos confrontada a ideia de que
de dia se trabalha, e que dormir se deve fazer durante a noite, pelo que o
fazemos sem questionar, mesmo que isso se torne ridículo em certas ocasiões.
Patrícia Guerreiro, 11.º E
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