O Silêncio
Já não sei
nada. Numa hora parece estar tudo bem e na outra simplesmente já não sei.
Até as coisas
mais simples são, assim, “proibidas”. E que palavra esta...palavra que não me
agrada nada, confesso. Um simples sorriso, já nem esse é esboçado. É triste
vermos este tipo de coisas a acontecerem à nossa volta, principalmente vindas
das pessoas de quem mais gostamos. Mas que podemos nós fazer? A decisão não é
nossa, não foi nossa. “As ações ficam para quem as pratica”, sempre disse a minha
mãe, e, hoje, eu sei disso. Cada um faz o que quer, toma as decisões que quer e
tem de ser responsável o suficiente para pensar nas consequências que as suas
ações têm nos outros. Logo, cada um é responsável por si e não há nada que
possamos fazer. Já não sei, parecia saber tudo, mas nada sei. Que escassez de
palavras no momento em que mais me apetece escrever.
Tudo parece
vazio, sem significado. Despeço-me, então, da escrita e anseio que as palavras
regressem.
Mónica Alves, 10.º K
Comentários
Eu escolhi este texto pois achei-o bastante interessante porque acaba por retratar a importância e o peso das nossas ações e o facto de como de um momento para o outro o que parece estar a correr bem corre mal e virseversa. Mostra também outro ponto interessante que é o facto de, muitas vezes, não termos qualquer poder de decisão ou influência naquilo que acontece á nossa volta e a quem nos rodeia " As ações ficam para quem as pratica". Fala também depois de outro aspeto que é a nossa autonomia enquanto seres humanos, a capacidade de tomar decisões por nós próprios, de ser responsável pelas nossas ações e de sofrer as consequências das mesmas e o impacto que estas podem ter nos outros. Capacidade esta que é exclusiva do ser humano.
No final, a autora queixa-se da escassez de palavras no momento em mais precisava delas e finaliza o texto despedindo-se da escrita e ansiando que as palavras regressem, achei uma forma curiosa de acabar o texto, de certa forma até um pouco cómica no meu ponto de vista porque acaba por descrever a dificuldade que os alunos sentem muitas vezes em escrever textos.
Para concluir, gostei do texto e aconselho a leitura do mesmo.
Miguel Monteiro n°23 10º I
Primeiramente, retrata a ideia de que não podemos tomar nada como garantido.
Em segundo lugar, o texto intitulado de "O Silêncio" reforça a ideia de que todas as ações que praticamos vão ter uma consequência, por exemplo, quando a autora refere que até as coisas mais simples já são proibidas, dá-nos a noção de que até o mais básico (um sorriso) pode deixar de ser esboçado.
Por último, este texto, dentro de todos os publicados no blogue, foi o que mais me agradou. Ajudou-me a refletir sobre alguns aspetos. No último parágrafo, consegui "vestir" a pele da autora quanto á falta de palavras quando mais me apetece escrever.
Madalena Costa Santos, 10ºF
Este texto faz-nos refletir sobre até as coisas mais básicas e simples da vida. O texto fala sobre o facto de que todos os nosso atos e decisões têm consequências e de termos que saber lidar com as mesmas, ou seja, responsabilidade. Cada um de nós é responsável pela formação da sua própria personalidade e pela maneira como evolui como pessoa.
Transmite ainda um sentimento de dependência pois as ações e decisões dos outros influenciam-nos a nós também, tal como as nossas podem afetar e ter impacto nos que rodeiam e em quem mais gostamos, mesmo sendo involuntário.
Concluindo, gostei bastante e está muito bem conseguido. Toca todos os que o leem e penso que a autora conseguiu transmitir o que que estava a sentir e o que muitos de nós sentimos, muitas vezes impedidos pela existência da "escassez das palavras".
Joana Costa, Nº9 10ºL