A morte







Morram os pardais e pássaros
Que com os bicos me rasgam a pele,
Me fazem sangrar.

Morram as flores.
Morra a sua beleza,
Que eu tanto invejo

Morra eu.
Morra eu agora.
A morte é o início da vida.

Clara Lopes, 10.º J

Comentários

Anónimo disse…
O poema da Clara foi o que mais me chamou a atenção de todos os que eu li.
Com apenas três estrofes, este pequeno texto tem algo de especial. Ao desejar a morte a diferentes elementos, o texto transmite uma morbidez e indiferença total que é contrariada apenas no último verso, "A morte é o início da vida", em que, a meu ver, é implantada a dúvida no leitor porque é contrariado o desejo de morte, tão presente nos versos anteriores, com a ideia de vida. Para mim, esta contradição acaba por anular a questão da morte como um final absoluto da vida e expressa um desejo de recomeço e renovação, acabando por alterar todas as emoções presentes anteriormente transmitidas no poema.
Em conclusão, acho que este poema adquire bastante profundidade, apesar de ser bastante pequeno , e aborda o tema da morte de maneira muito bela.
Francisca Syder, 10ºJ
Anónimo disse…
O poema "morte", apesar do tema mórbido, é simultaneamente um poema muito belo.
As três estrofes presentes têm três diversos níveis de processo. A primeira estrofe representa um lado mais negro e obscuro da natureza e o lado mais selvagem dos animais. A segunda estrofe demonstra algo mais humano. Embora seja um sentimento negativo, a inveja é algo que todos os seres humanos devem experenciar e assim demostra o lado mais selvagem e irracional do ser humano. Por fim, a última estrofe mostra um lado mais pessoal e em vez de vermos a raiva e ira das estrofes anteriores, observamos uma tristeza profunda. O último verso, no entanto, é algo contraditório ao poema inteiro, que na realidade transmite uma paz interior.
Concluindo, o poema da Clara apresenta um tema profundo e bastante relevante, a morte.
Maria do Carmo Leite, nº17, 10ºJ
Anónimo disse…
Escolho comentar sobre este poema devido à visão interessante da autora sobre um tema tão "delicado" como a morte e à sua abordagem, que, parecendo simples, esconde significados profundos e nos faz refletir sobre temáticas importantes.
Em apenas três estrofes, somos obrigados a refletir, ao sermos apresentados a uma personagem que se encontra em sofrimento, que sente raiva de todos os elementos à sua volta, aqueles que a magoaram, a beleza do que se encontra em seu redor, chegando a desejar a sua morte.
Já na última estrofe, encontra-mos espelhado o desejo da própria morte, o que é, no verso seguinte, comparado ao começo de uma nova vida.
Na minha opinião, a autora pretende demostrar que a personagem que nos é apresentada deseja, na verdade, não a morte, mas o começo de uma nova vida longe de tudo aquilo que a magoa e a atormenta.
É um poema muito bonito.
Clara Monteiro, n° 1, 10°L
Anónimo disse…
Escolho este poema devido ao seu tema um certo controverso. A autora fala de um assunto tradicionalmente mórbido de uma maneira inovadora. Tal que, em oposição ao que se pensaria, descreve a morte como o início da vida. O poema, apesar de simples carrega uma mensagem com grande impacto. A prespetiva da autora em relação a um assunto tão delicado como a moete é de certa maneira positiva. Este poema fez-me refletir sobre este tópico de uma maneira que não o tinha feito antes.
- Gabriela Rito, n°8, 10°F

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