Poema sem título #1
De abandono a abono, viajas,
ser antagónico o que trajas,
dás-me algo de bom que não posso
sentir,
abres-me e vestes-me
superficialmente,
esbates as cores, consomes-me o
ventre,
entras e sais como numa porta aberta,
como uma propriedade tua,
lânguida e descoberta.
Os teus passos caminham sozinhos no
corredor,
à minha procura,
em busca de ardor, matas o amor,
para te amares a ti e à tua
mentalidade,
carnal e mórbida.
Pedro Gomes, 11.º G
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