Abraçar a vulnerabilidade
Penso que ninguém nasce forte, todos nascemos fracos ou frágeis.
Fragilidade e fraqueza são inerentes aos seres humanos mesmo àqueles que as
negam, que com elas não se identificam, que delas sentem vergonha e que as tentam
esconder por todas as maneiras na ilusão de parecerem fortes.
Mas o que é a força e a fragilidade, afinal?
Cada um de nós é forte à sua maneira e isso pode não ter nada a ver com
músculos ou atitudes intimidantes.
Ser forte é ter a coragem de crescer abraçando todas as experiências como
um todo reconhecendo e compreendendo cada uma das emoções que essas
experiências nos despertam, é ter a força de reconhecer e aceitar medos e
inseguranças, dores e tristezas, fúrias e frustrações.
Quando abraço a minha vulnerabilidade e me permito sentir triste, fraca ou
até, por vezes, incapaz de fazer algo, crio espaço para que a coragem, a
determinação, a conquista e a fragilidade.
A força não vem dos grandes atos, por vezes, reside na capacidade de
controlar as nossas emoções e isto é crescer e crescer pode ser um caminho
feito de forças e fraquezas.
O reconhecimento da nossa fragilidade não nos deve envergonhar, mas, antes,
orgulhar.
É assim que as nossas emoções não são um sinal de fraqueza, mas um sinal de
humanidade. Temos a capacidade de chorar, de amar, e de nos enfurecermos,
porque somos humanos, escrevemos as nossas histórias, dia após dia, em cada
momento.
Abraçar a minha vulnerabilidade é ser por inteiro, é ser livre de expressar,
pensamentos, ideias e emoções sem medo.
Constança Esmeriz, 11.º F
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