O caminho para a verdade passa pela floresta
Caminho na floresta, um mundo escondido,
onde os troncos altivos se erguem em silêncio;
folhas verdes libertam o aroma a eucalipto
e neste meio a verdade prenuncio.
Há quem diga que a verdade sobre a realidade é subjetiva,
eu diria que se trespassa a luz que filtra
os ramos entrelaçados,
então é a mais assertiva.
As coisas são o que são.
Na floresta, a mente encontra paz;
o murmúrio do vento traz calma e clareza
e a intelectualização é um processo que ficou para trás.
Num mundo como o nosso,
onde a reflexão do meu pensamento
leva-me a um vazio,
sem respostas;
resta-me apenas o meu discernimento, e um sonho fugidio.
Um suspiro de ar puro com essência natural,
o vislumbre do sol a nascer;
a melodia do rouxinol a cantar
e a agonia ao tocar no espinho da rosa a florescer.
Tudo isto é real e fica cativo na nossa memória,
esta que é espelho da realidade
e da mais pura verdade,
sem lugar para outras questões.
Sendo a memória o estreito de verdade que me resta,
concluo que o caminho pela verdade passa pela floresta.
Joana Costa, 12.º K
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