Fui




Parto nas desavenças,
Em silêncio,
Divagando na despedida.
Sigo a minha caminhada, sufocando as lágrimas que não tendem a cair,
Derramadas pela tua ausência.
No entanto,
Mais do que nunca,
Entrego a vida às mãos do tempo.
Aquelas que nos guiam,
Cujo rumo já está traçado.
E continuo,
Onde me deixaste.
Sabes?
Não fui eu que escolhi esta partida.
Mesmo assim, vou aos desencontros, e,
Ainda que não me entendas,
Aos lamentos.
É a única solução que hoje encontro.
Em preces e renúncias, seguirei
Não mais em desventuras,
Apenas,
Guardando os nossos bons momentos,
Aqueles que vivemos com grande veracidade.
E é a saudade que me magoa.
Acredita,
Não foi uma mera aventura,
Muito mais…
E mesmo que separados ,
Existe o sonho ou, quem sabe,
A eternidade deste amor
que nos separa.

Catarina Lopes, 11º E, Escola Secundária de Camões

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