Julgamento de batalha
Hoje encontro-me perdido,
a caminhar sem rumo definido.
Por caminhos onde muitas vezes passei
e amizades desapeguei.
O bruto rupestre
No qual uma vez me deitara,
Outro mestre o titulara.
Campo de batalha!
Campo de centeio!
Uma vez servira de navalha,
Outra de passageiro.
Tempos agrestes e metais celestes,
Oh senhor! O papel que me destes!
Homem do mal,
Homem da justiça.
Encontrar tal ideal
Nunca fora tarefa tão metediça.
Com tanta morte e tanta batalha,
Hoje sei qual a minha sentença é.
Por tal lâmina crescente apresento-me sem fé.
Mal ao mundo,
Mal a mim.
Mas lá no fundo,
Arrependo-me, enfim.
João Dias, 11ºE, Escola Secundária de Camões
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