E virão eles
E virão eles, olhar sobre a fatiga apagada
E virão eles, vislumbrar quem já não pode lutar.
E virão eles, aperceber-se da pobreza calada
E virão eles, prometer que a deixam falar.
Mas cá estão eles, olhando apenas, sem ver
Mas cá estão eles, soltando promessas, sem fundamento.
Mas cá estão eles, com os meios, mas sem o querer.
Mas cá estão eles, deixando os povos no isolamento.
E foram eles, e permanecem as bocas caladas,
E foram eles, sabendo que podiam ajudar,
E foram eles, lavando os volhos de tal vista desolada
E foram eles, viram a miséria e desviaram o olhar.
E virão eles…
Rui Agostinho, 11.ºD
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