E mais um ano começa



E mais um ano começa. Inúmeras resoluções  não alcançáveis para este novo começo foram prometidas. Desejamos, hipocritamente, “Um bom ano!” a quem nos quer ver morto por dentro e cometemos a ingenuidade de pedir votos de “Paz, saúde e amor” como se estes fossem estados candentes que nos aparecem por milagre, numa noite encantada, onde trocamos de calendário e festejamos a passagem normal do tempo.
            Felizmente, esta tradição mundial tem sido mantida, permitindo tempo para a reflexão sobre o mundo em que vivemos, dando o mote simbólico para um novo começo. Um começo que nunca chega, sequer, a começar.
            Porque estas simples palavras dificilmente acabarão com guerras, salvarão vidas ou irão disponibilizar amor a quem mais precisa. Porque pensar não basta, falar não chega. Porque antes de mudar o nosso mundo, temos de mudar o nosso eu.
            Contudo, enquanto esta mudança não se dá, iremos continuar a viver neste tão comum engano, rodeados de desejos inúteis, lamentando o destroçar das nossas vidas miseráveis que foram por nós criadas. Mas não poderia acabar esta pequena reflexão, sem antes desejar um bom ano novo a todos vós, e que estas palavras não tenham de ser escritas novamente quando a próxima página for virada.


Bárbara Ribeiro Marques, 11.º E

Comentários

Anónimo disse…
Este texto apresenta um ponto de vista sobre a hipocrisia da sociedade, com a qual eu concordo. Tal como é afirmado no texto, antes de mudarmos o mundo que nos rodeia, devemos mudar o nosso ser. E isso é a grande mensagem que este texto nos transmite.

Ricardo

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