Vida de planta

  


Somos as raízes, a nossa vida é o caule
Começamos no chão, o limite é o céu
Seremos sempre cegos, esperamos sempre pelo resvale
Ambição sem limites, sempre à procura do troféu

Podamos os nossos ramos, fazemos caminhos diferentes
Traçamos o nosso percurso, o mapa é o presente
Lembramos o passado, esquecemos os ausentes
Ultrapassamos obstáculos, sempre contra a corrente

Novos objetivos, sempre à procura do fruto
Nada é claro, nada é absoluto
O tempo é curto, vivemos ao minuto

O mundo é difícil, tudo vai pela garganta
Observamos barbaridades, já nada nos espanta
Somos espezinhados, vivemos vida de planta


Nuno Vilão, 11.º J

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