A noite







As cortinas cinzentas que ofuscam a beleza daquela linda e brilhante bola

O breu que completa as tocas da lua

salgando a sua distância 

Deixa ver as estrelas e a mancha, musa Sinistra de bonita que é 

 

Sem esforços, apenas passando por mim

dentro de mim

Faz, dentro de mim, crescer um fogo que queima a lenha durante toda a noite Enquanto o meu olhar se entrelaça na tua imensidão escura

Tocando em cada um dos teus pontinhos de marfim

 

As tuas sardas brancas só deixam a tua formosura mais objetiva

Um facto de que és a que mais me faz mexer

Com o teu vento, que, por alguma razão, 

É totalmente diferente do vento do dia

 

Chilreando o meu cabelo 

Despenteando o meu coração

És a companhia de quando vou dormir e sonho em vão 

E, por isso, agradeço-te, noite, pelas tuas aparições a cada dia

 

 

Pedro Arriegas, 11.º L

  

Comentários

Anónimo disse…
Parabéns pelo lindo poema, foi muito inspirador!

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