Ternura da Infância
É tão bom
lembrar o campo verde
E lembrar o
quão branco meu sorriso foi.
Sem saber,
eu tive tudo
Sabendo
hoje, que jamais serei aquilo que fui.
Tomara eu,
que vissem aquilo que eu vi
Que tocassem
em tudo o que toquei,
Que
sentissem tudo aquilo que senti
Nos tempos
em que brinquei.
Hoje a
realidade é pesada,
E o tempo a
seu tempo torna-se mais severo.
A tristeza
revela-se cada vez mais fria
Na
consciência do inverno.
Tudo é real,
tudo é certo,
À exceção do
sonho e da esperança.
De que
quando morrer parta de vez
Para voltar
a ser criança.
Ser pequeno
é ser tão grande
E quando se
é grande é-se tão triste,
Intelecto?
Saudade?
Isso são
coisas que na infância não existe.
Por isso
lembro, lembro o campo
Lembro o
branco e a eterna verdura,
Invejando
para sempre o tempo em que só era
Imaturidade,
inocência, e ternura.
Francisco
Falcão, 12.º G
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