Viver o Momento
Deparo-me, aqui e agora, com uma pergunta que interroga o meu pensamento, e não consigo deixar de pensar na mesma. Porque é que tudo muda? Porque é que tudo parece estar numa constante mudança?
Depois de alguma reflexão, conclui que afinal nada muda! O que muda é somente a nossa perspectiva perante alguém ou alguma circunstância. Por exemplo, uma música, em determinado momento da nossa vida, pode dizer-nos muita coisa, fazer-nos rir ou chorar, mas, passado algum tempo, pode não nos dizer rigorosamente nada, ou mesmo o contrário. Então, foi a música que mudou? Não. Apenas mudou o nosso sentimento em relação a ela, condicionado pelo factor ambiental e temporal.
E é assim para quase tudo na vida. Mudamos a cada minuto, semana, ou mês, a forma como vemos as coisas e é essa postura que nos leva a tantas coisas mais, pois estamos constantemente a aprender, a tentar saber mais e quanto mais sabemos, maiores são as hipóteses das nossas ideias mudarem com grande veracidade.
Há pessoas que passam na nossa vida, num determinado momento, e que assumem um papel de grande relevância, mas que, depois, não nos são praticamente nada; assim como outras que nada eram e, de repente, passam a fazer parte do nosso quotidiano, parecendo que as conhecemos há uma eternidade. Também as coisas a que demos muita importância, hoje são capaz de não nos servirem para nada e não acrescentam coisa alguma à nossa existência.
Mas com isto, não quero dizer que devamos deixar de dar importância às coisas, situações ou pessoas que passam na nossa vida, num determinado momento. Nada disso! A questão é exactamente essa: há que viver o momento, sem o condicionar ao ontem e ao amanhã. O passado foi ontem, hoje vivemos única e exclusivamente o presente, amanhã será um dia futuro.
As coisas não passam de coisas, certas circunstâncias alteram-se num piscar de olhos e pessoas entram e saem da nossa vida, mas só aquelas que permanecem junto a nós é que não irão mudar. A sabedoria está, então, em sabermos aproveitar e desfrutar o presente, não renegando o passado nem nos intimidando com o futuro.
Catarina Lopes, 11ºE, Escola Secundária de Camões
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