O fim
De que te vale desejar, ter, ser, uma história de amor, onde os contos de fadas
predominam, se não existe “o fim”? Aquele que qualquer um deseja? O “viveram
felizes para sempre”? Porque, a qualquer momento da história, mais tarde ou mais
cedo, apercebes-te de que, realmente, tudo não passou de um conto de fadas. Do
qual preferias ficar na ignorância a saber o seu verdadeiro sentido. Aquele em que te
apercebes que não existe “o fim” do “viveram felizes para sempre”. Porque tudo te
parece tão confuso e desnecessário. E, quando tudo desaba, quererás ter um apoio,
um ponto de abrigo. Quererás desaparecer, apesar de saberes que não é a melhor
solução. Criarás o teu próprio refúgio, esconderijo. Aquele sítio que te alegrará quando mais precisares. E não deixará que nada te deixe ir abaixo. Nesses momentos, saberás que nada te pode derrubar. Porque “o que não te mata, torna-te mais forte”. No fim, descobrirás que tudo era “o fim” do “viveram felizes para sempre”. Porque todas as histórias de príncipes e princesas, pequenas ou grandes ou, simplesmente, belas histórias, têm os seus altos e baixos – qualquer história tem esse normal sentido. E, afinal, até vês um sentido. No momento em que estás a escalar a montanha, tens uma jornada à tua frente. Quando chegares ao topo da montanha, saberás que os declives foram necessários e preciosos para que houvesse “o fim”. Porque, de facto, chegou “o fim”. Aquele em que “viveram felizes para sempre”!
Cláudia Nascimento, 10º D
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