Um mundo paralelo

Sou uma pessoa, talvez num milhão, que vê as coisas com clareza, que vê como o mmundo se encontra, que vê como as pessoas se comportam, que vê que na verdade o mundo é uma utopia, as pessoas são uma utopia, as ideias, os sentimentos, os sonhos… tudo é uma grande utopia.

Olho em meu redor e só vejo hipocrisia, maldade, individualidade, preconceitos, ideias feitas. Vejo um mundo destruído por interesses, sem valores, sem coração. Que mundo é este em que estou introduzida? Ninguém vê a beleza do que temos? A sorte que é estarmos aqui? O azul calmo do céu, a cor das flores, o cheiro do outono ou da primavera, um abraço, um beijo, um simples sorriso, um simples olhar terno e aconchegante, existem tantas coisas maravilhosas no nosso mundo e nós estamos a destrui-las, uma a uma, peça por peça, tudo desvanece na escuridão devido aos interesses, devido a uma competição constante de quem é superior, de quem é melhor, de quem tem mais poder. Com todas as possibilidades que existem, todos os conhecimentos, todos os recursos, como é que existe gente a viver tão mal e gente a viver tão bem? Porque que uns tem tudo enquanto outros não tem nada? Porque que ainda existe gente com fome, sem água, sem casa… Não entendo o porque das coisas, não arranjo respostas para tanta frieza, para tanto desprezo, para tanto abandono pela vida humana. Hoje em dia, cada um de nós, não vale nada. Ninguém quer saber de mim, nem de ti… na verdade cada um olha para si e só para si, não interessa aquele ou o outro apenas interessa cada um e não pode ser assim, isto não é humano, temos de ser uma unidade, um
conjunto, um todo que trabalha para o mesmo objetivo, para o bem comum.

Para finalizar, eu acho que todos devemos tomar consciência de que não estão todos bem como nós estamos… Por mais que escrevam textos para português a falar sobre as crianças que morrem de fome ou do trabalho infantil nunca vão mudar nada porque não sentem o que escrevem, não transmitem um sentimento puro de solidariedade por essas pessoas. Para vocês não passa de um trabalho mas para mim, isto é tudo um crime global, nós todos fazemos com que esta diferença social exista, nós todos fazemos com que exista tanta desigualdade. Se queremos um mundo melhor, temos de lutar por isso, temos de ter ideias
próprias, dizer não a burocracias e utopias, temos de parar de nos deixar levar pelas facilidades e mostrar que podemos ter um mundo melhor, um mundo solidário, um mundo feliz.


Joana Viana, 10.º P