Reflexão




     Aos domingos, alguns descansam, outros aproveitam o tempo em família e outros vão à Igreja. Lembro-me de uma manhã ver várias pessoas a entrarem para a Igreja e, naquele momento, por alguma razão que desconheço, achar estranho. Desde que somos pequenos, que ouvimos a palavra “Deus”, mas nunca ninguém nos disse ao certo quem era ou o que era. Nos dias de hoje, especialmente pessoas da minha idade, dizem que não acreditam em Deus ou que simplesmente não sabem se acreditam ou não. Recuando milhares de milhões de anos no tempo, até à Era em que nenhum ser vivo habitava o planeta Terra, Deus criou dois seres humanos, mais conhecidos como Adão e Eva. Supostamente, estes dois seres que deram início à nossa existência, no final da “história”, sucumbem ao fruto proibido e a humanidade fica para sempre conhecida como pecadora. Quando ouvi falar de Adão e Eva pela primeira vez, a primeira questão que coloquei a mim própria foi: Se Deus realmente existe, e se Deus realmente criou Adão e Eva, a culpa do nosso pecado não deveria ser d’Ele? Sei que isto parece egoísta e até mesmo desrespeitador, mas se Deus criou todos os seres vivos, não terá ele criado o pecado dentro de nós? Por isso, não percebo porque as pessoas se confessam depois de pecar. O pecado faz parte de nós. Deus fez-nos assim, e nós pedimos-Lhe perdão por algo que Ele nos deu. Tudo isto, e eu continuo sem perceber o que é Deus. Uns dizem que é o Céu, outros dizem que é o que nós sentimos e outros imaginam que é um homem sorridente e grisalho, sentado nas nuvens a observar tudo o que acontece no Mundo. No que me diz respeito, prefiro acreditar que Deus é todas essas coisas e muito mais, que está presente em todo o lado, a toda a hora, a cada minuto, mas que, ao mesmo tempo, não está lá. Para mim, Deus é nada; Deus é tudo.

Maria Daniela,10.ºF

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