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Há uns dias vi o vício do Facebook chegar ao cúmulo do exagero, Ia eu em pé no comboio apinhado, em “hora de ponta”, quando reparo que as duas raparigas ao meu lado estão a cochichar sobre o rapaz que se encontrava à nossa frente, que tal como as duas raparigas, reconheci da minha escola.
No dia seguinte, encontrei as mesmas duas raparigas que falavam sobre o mesmo rapaz que, mais uma vez, se encontrava a pouco mais de um metro de distância. Então, a bela da rapariga que se encontrava mais perto de mim estava a planear conhecer o tal rapaz. Seria então de esperar que desse dois passos em frente e se apresentasse. Mas não. O plano era falar com um colega, pedir que a apresentasse a uma rapariga da turma do tal rapaz, pedir à rapariga o nome e e-mail do rapaz, procurar o perfil do facebook e “adicioná-lo” como amigo.
Simples, certo? Principalmente quando basta andar dois a três passos e dizer “Olá! Andamos na mesma escola, não é?”
Isto levou-me a uma perplexidade tal que me deixou a noite toda a pensar em outras coisas caricatas que acontecem devido a esta rede social e outras. Como o facto de uma simples tarefa como combinar uma ida ao cinema em grupo para acabar a frase “vamos discutir isto no facebook e depois logo se vê”.
Não sou capaz de me conformar com o facto de existir um grupo de facebook para tudo o que acontece na vida. “Meu Deus, tu gostas de bananas? Eu também gosto de bananas! Vamos criar um grupo de facebook!”
Chega ao cúmulo de existir um grupo de facebook para pessoas que estão fartas de grupos de facebook! Isto é um vício ao nível do tabagismo ou alcoolismo! Estas pessoas estão absolutamente viciadas e não há de tardar que tenham de criar um grupo de facebook com o nome “Facebookólicos Anónimos”.
E é por isso que hoje, quando chegar a casa, me vou juntar ao grupo de facebook das pessoas que detestam o Facebook.

Rita Catarina Ramos Amador, Escola Secundária de Camões, 10ºE

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