A História de Arabela e Afonso - Uma história em A



         Aos três dias do mês de novembro, de 1857, numa vila encantada, caminhava ,nos maravilhosos montes Árticos, uma anciã chamada Arabela. Após uma visita a casa da sua avó Amélia, nos montes, Arabela caminhava para casa, quando encontrou um menino sem uma mão e, quando o viu, afligiu-se:

         - Ai meu Deus, tu estás bem?

         - Ahahahah, porque não haveria de estar?

         - Achei que estavas mal, porque nunca vi uma pessoa sem…sem…um braço!

         - As pessoas quando me veem, ficam a olhar para mim como se eu tivesse alguma doença. Acho que não posso evitar. Agora que já estamos a falar aqui há algum tempo… como é que te chamas?

        - Arabela.

        - Ai que engraçado, o meu nome também começa por A: Afonso.

         Após uma apresentação de alguns minutos e algumas piadas, durante o caminho, Arabela e Afonso foram-se conhecendo; Arabela explicou a Afonso que tinha ido visitar a sua avó ali perto. Afonso disse-lhe que morava na vila Aboborinha, a três quilómetros dali. Acrescentou ainda que tinha 10 anos, tal como Arabela.

         Após um longo dia, mas bom, visto que visitou a sua avó e fez um amigo novo, Arabela chega a casa e conta aos pais o seu dia. A sua mãe quis conhecer o jovem e os seus pais, visto que, Arabela falou muito bem de Afonso. Num fim de semana, Arabela e os seus pais foram à vila Aboborinha, à procura de Afonso. Arabela separou-se dos pais e viu Afonso a entrar numa casa. A rapariga apressou-se ao chamar os pais. Abstraídos de tudo, os pais não repararam na filha, e esta vai a correr para junto do seu amigo, mas depara-se com uma porta fechada, o que a levou a tocar a uma campainha, que, por acaso, era a de Afonso. A voz que respondeu era rouca, áspera, altiva, sonante e assustadora.

        - Afonso, és tu?

        - Afonso? “Ahñahñahñ”, aqui só estou eu, a sua avó Eva.

        - Ah, peço desculpa, mas eu e os meus pais gostaríamos de falar com ele e com os seus pais.

        - Afinal, tu não sabes que os pais dele morreram?

         Após esta resposta desoladora da avó de Afonso, Arabela fica chocada e vai contar a seus pais, que a reconfortaram. Afinal de contas, Afonso mentiu e Arabela não gostou.

         Antes de fazer anos, dia dezassete de novembro, Arabela recebe uma visita de Afonso.

        - Arabela, estás boa? Afinal o que aconteceu? - Perguntou Afonso.

         - Afonso, tu mentiste-me, ao dizeres - me que os teus pais tinham morrido.

         - Arabela, eu queria dizer-te, mas tive vergonha e não queria que sentisses pena de mim…

         - Apesar de tudo, eu compreendo a tua situação, mas numa próxima vez não me mintas, por favor.

         - Arabela, obrigado e desculpa. Acho que é a altura para…para… Arabela, eu gosto de ti…”por amor”.

         - Afonso, eu não estava à espera.

         - Ai, diz só que também gostas de mim, por favor.

         - Após esta situação, e o facto de eu te ter perdoado mostra que…se calhar…eu…também gosto de ti.

         Aberta esta nova relação e desencadeadas estas mútuas declarações, Arabela e Afonso pronunciam-se num longo, apaixonado e firme beijo.

         Ao longo dos anos, Afonso e Arabela vivem juntos e enfrentam as dificuldades, até ao seu leito de morte, onde Arabela se manifesta desta maneira:

        - A estrada que construímos até à pessoa que amamos durante a nossa vida tem um nome – destino – e este deve ser estudado, porém, mais vivido do que outra coisa qualquer.

João Periquito, 10.º D

Comentários

Mensagens populares