O teu tremendo e maravilhoso azul

 



 

Chilreei para ti num furor silencioso

Estás muito longe, a uma distância intragável 

É de vomitar os quilómetros 

Serás azul, lua, ou não serás azul?

 

Essa é a grande questão 

Não é ser ou não ser a grande questão 

É se serás ou não serás 

 

Gostava de pensar que serás, mas é melhor pensar que não serás 

 

Mas por quê? para quê?

Terá isto algum sentido?

 

Não quero saber também, quero continuar

Porque, neste momento, o rótulo da minha garrafa de água é azul, e tu ainda não és 

 

Espero? Não gosto de esperar, tenho de esperar?

 

Quero o teu azul, um azul marinho, turquesa, cueca, celeste, clarinho ou escuro

Porque é que escuro não é escurinho?

Enquanto o claro se transformou em clarinho

 

Tantas questões para serem respondidas

E um tempo temporal de morte para passar

 

Mas a morte não passa, chega e fica

Fica e fica podre, com ratos a deambularem e larvas a crescerem-te dos dedos

 

Espero que chegues brevemente, azul

Não gosto de bichos

 

Pedro Arriegas,11.º L

 


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