As sensações e emoções do outro mundo Capítulo 3: A recompensa




Outra sensação que nunca tive antes. Senti pela primeira vez algo muito profundo em mim, mas que era positivo. Inclinei a minha cabeça para cima e vi o tal chamado “céu”. Era magnífico, lindo, com cor de azul claro e com amigos que eram brancos designados por nuvens. Inclinei-me para a frente e vi umas cores vivas, muito bem vivas: verdes, azuis, vermelhos, castanhos, brancos. Eram flores em todo o lado e árvores que formavam um jardim. Vi também uma fonte que projectava a água ao seu contorno. Comecei a dar uns passos leves, respirando o ar puro, sentindo a frescura do vento, a humidade da água, e o calor da luz do céu.

Virei-me para ver a minha casa e não podia crer no que via nos meus olhos. As cores que fundiam a casa, o tamanho, a sua forma eram impressionantes, nunca tinha esperado que fosse assim. Tem dois andares e é bastante largo, isto é, de vertical tem duas janelas e horizontal tem cinco janelas. Ao meu lado direito vejo um portão onde o caminho é possível para a passagem dos carros e pessoas. Atrás de mim havia uns baloiços, uns bancos e sombreias.

Voltei a olhar para a minha casa e reparei que havia umas portas escondidas entre os arbustos. Aproximei-me e observei que a fechadura era muito familiar, era daqueles que tinha visto de certeza, era daqueles que eu possuo. Abri-a com a chave triangular e a sala estava dominada pela escuridão. Cada passo que dava, cada som que produzia, percorria a sala toda. O eco levava-me até ao centro. Bati contra um pequeno objecto e tentei senti-lo. Era um fio muito comprido e terminava com um botão. Puxei-o e a escuridão desapareceu da sala. Os candeeiros de tecto projectavam a luz. Dominou totalmente num abrir e fechar de olhos. Deixei-me levar pela magnífica sala. A arte, as pinturas e as cortinas vermelhas estavam em todo lado. Mas o que me chamou mais a atenção foi um objecto que estava protegido por um lençol vermelho. Tinha três pernas e uma forma irregular. Adivinhava logo.

Era um piano de cauda. Imponente, maravilhoso e novo. Aproximei-me, avaliando-o, admirando-o. Era um piano lindíssimo, sólido e eterno. Sentei-me no banco, com movimentos suaves dos meus dedos abri lentamente a tampa do teclado, tirei o pano que protegia as teclas e depois de olhá-las, depois de sentir a perfeição das teclas, toquei em algumas das teclas e eram excelentes. O som era longo, doce, suave, apetecível, era perfeito, projectava todos os cantos da sala, era muito melhor do que o piano que tinha no meu quarto onde vivia recentemente. Senti-me muito positivo, não conseguia exprimi-lo, foi um dia muito especial para mim. Fui caminhando até à porta para o meu quarto, enquanto caminhava apreciava a vista da fora da casa. A vista estava muito mais bela. A luz tornou-se mais meiga, mais simpática. Tinha cor de laranja. Tinha começado a ir-se embora.

Era impossível esquecer este dia.

Roberto Li Zhou, 10ºE

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