Carta ao Futuro (3)



Meu caro futurista,
Não faço a menor ideia de quanto tempo já passou, muito menos quem está a ler, sei apenas o que passou, e não passou, quem fui, e quem não fui, e sei ainda melhor quem (tu) não serás. Estávamos no culminar do desenvolvimento, no clímax da evolução, ultrapassando os limites do possível, e quebrando as barreiras do impossível. Tentamos, tentámos, e tentamos descobrir o “como será”, não entendemos sequer o “como é”, quanto mais o tal “como será”. Um futuro próximo, ou distante, alcançável, ou não. Real ou irreal.
Imaginando ser uma utopia, ou uma distopia, um perfeito mundo, cujo infinito se tornou finito, cuja elevação supera céus, e atmosferas. Ou então, o total apocalipse do medo, e do receio constante. O mundo não mais controlado, mas controlador. Uma imensa raça inteira ordenada, por entre palavras do mesmo símbolo, por entre vidas já mortas.
Tentamos, e tentámos. Imaginamos, e imaginámos. Queremos, e perdemos. Uma distopia do irreal, um mundo simplesmente complexo, a utopia no seu inverso. É assim que eu vejo amigo, realmente espero que não, mas por entre biliões de símbolos, um não marca diferença. Por entre biliões de razões, uma não convence. Foi o que escolhemos, que nos foi pré destinado. Ele disse: “Quanto mais alto se sobe, maior será a queda”.
Do teu pensativo inverso.


Telmo Felgueira, 10ºE

Comentários

Anónimo disse…
Claro, só podia ser do Telmo. Está mesmo ao teu estilo :D muito bom. Parabéns !

Ass.Raquel Reynaud

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