Para quê?




Passamos os primeiros anos da nossa vida a ouvir que devemos saber partilhar. E, durante uns anos, parece que aprendemos a lição. Se o nosso colega do lado nos pede emprestado um lápis de cor, sorrimos e respondemos “Claro que sim!”. Ouvimos que nada se resolve com violência, e que, por isso, quando temos um problema devemos resolvê-lo com a nossa melhor arma, as palavras, mas que devemos ter cuidado porque elas cortam como facas bem afiadas. Ensinam-nos que saber pedir desculpa e saber perdoar são as maiores virtudes que podemos ter e nós pedimos desculpa por ter partido o bico do lápis do nosso melhor amigo, e dizemos que não faz mal que ele tenha borrado o nosso desenho.
Mas depois crescemos.
E todos os dias somos confrontados com notícias de países que se estão a bombardear uns aos outros, a matar milhares de pessoas, porque não querem partilhar, ou porque se recusam a pedir desculpa ou a perdoar.
“Para quê?” Pergunto eu. Para que é que repetem tanta vez para sermos bons, e nos dizer que nos devemos comportar mais como adultos, se, quando crescemos, reparamos que o mundo faz exactamente o contrário do que nos pede para fazer?
E Porquê? Porque quando eram novos os pais não lhes ensinaram estas lições?
Ou porque as deixaram para trás?

Rita Catarina Ramos Amador, 10ºE

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