Fim (Dália)
“Entra, não receies, o teu olhar dizia...”
É quando o final chega, que as confissões são feitas
Quando as luzes se apagam, que as palavras são sentidas
Quando os sonhos acabam, que as vozes são não mais escondidas
Quando a verdade se revela, que o sonho morre
Confusão do pensar, a Casa Vermelha, em eterno desejar
“Três tiros por um dolár...” para sempre recordar
Mas esperança foi dada, e tal é impossível de recusar
Dada por um olhar, e por outro
Por um falar, e por outro
Por um imaginar... E por um Louco
O retornar está a voltar, as correntes a mudar
O tempo está a trocar, e o inverso a reinar
Tudo está a ser voltado para trás
E o mesmo fim é pré-destinado
Para sempre, um amor sem fim, sem princípio iniciado
E desejava não mais desejar voltar atrás
Mas a felicidade é inexistente em mim, e nos demais
E sem fim posto, ou atiçado
Sem ser dito um “não” frio, esmagador
Retiro-me para o meu posto, de vadio pensador
Amando-te Dália, com um amor para sempre em dor
Para um fim ultimado, sem previsto acabador
“Tudo tem um princípio, e um inevitável fim”
E chegaste, sê bem vindo!
Leva a vida, e a alma
O senso, e a razão
Só peço, que não leves o seu olhar
Sou estúpido, louco, insano por desejar
Esquecer-te-ei, nem não mais te amarei
Apenas quero, um dia mais, ver teu olhar
Relembrar, o quanto gostava de te Amar
E que tu, Negra Dália, te fosses um dia recordar
Que o meu maior sonho era regressar (para que me voltasses a Amar).
Telmo Felgueira, 10ºE
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