Aprender a amar





  Dizes que amas … Mas sabes lá tu  que é amar! Sabes lá tu o que é ser vencido pelo toque transbordante e não ter vergonha disso! Tu não conheces a expressão volitiva de sentir o som da inocência pura e não desejar ouvir mais nada. Mas eu sei que aprenderás!
  Chegará algo ou alguém que te trará brio aos olhos e te ensine a linha melódica do não querer outra coisa, senão tu e tu apenas. Mas, por favor, tem cuidado, não te deixes enganar pela angústia exacerbante das palavras, esquecendo a importância das ações.
  Desculpa, eu não te posso ensinar. Perdoa-me por não sentir-me capaz de transmitir a luz resplandecente que inside no coração. Eu não tenho nada para dar. Eu não te posso mostrar o que é amar, porque falta-me paixão. Essa carência mata, mas, por favor, não desistas de aprender a amar. Tu serás feliz, quando o souberes, eu prometo! Conseguirás atingir o apogeu da felicidade e perceber, igualmente, que a maior tristeza e mágoa debilitam o corpo e a alma. Diz-me que não desistirás de encontrar a verdadeira essência das ações e que tratarás com especial atenção quem te merece e não desilude. Mas promete-me, a mim, que encontrarás alguém que realmente seja assim.
  Eu sei que serás completo e que te sentirás completamente existente ao saber como funciona o mundo dos fortes e não orgulhosos.
  Aprenderás que amar é bom, porque tu não sabes ainda, mas descobrirás à tua maneira; só que eu não te posso ensinar.



Ana Maria Varela, 11.º K

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