Carta ao Futuro (4)





Cinco séculos depois de hoje, 01 de Fevereiro de 2011

Caro amigo,
Quinhentos anos de diferença, entre eu a escrevê-la e tu a lê-la, é demasiado tempo, mesmo para uma carta. Claramente, quando reflectires sobre ela, já não estarei neste mundo, talvez esteja num mundo paralelo, ou apenas, talvez, esteja a dormir profundamente sem nunca conseguir acordar.
Talvez passados tantos anos, décadas e séculos, já consigas ter o conhecimento, para onde, afinal, vamos depois do nosso coração parar de bater, depois, quando já não nos podermos sentir bem ou mal, felizes ou infelizes, ou apenas, solitários. Aparentemente, esta questão não terá solução nos próximos anos e muito menos, imediata.
Hoje em dia, a especulação vive dentro de nós, debatendo-se no que há-de acreditar. Certamente, as religiões influenciam o modo de pensar de cada um, permitindo ter a crença que cada religião obedece. Mas, e quem não tiver este tipo de crenças, que ideias terá?
Possivelmente, avançando uns bons e largos séculos, a tecnologia permitirá ter uma resposta menos evasiva, do que apenas, ter como solução a especulação.
Ao longo dos anos, inventaram tantas coisas úteis e até, também as inúteis. Deste modo, serão capazes, vocês do futuro, com quer que seja para quem eu escrevo, de impedirem a especulação e o medo presente nos dias de hoje e, enfrentarem com uma arma tecnológica a morte?

Aqui, o testemunho de alguém do teu passado

Patrícia Guerreiro, 10ºH

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