Poema
As luzes a diferentes distâncias,
O ruído mudo das árvores
E o silêncio dos pássaros
Soando lá no escuro.
À noite tudo é belo.
Mesmo assim, coloca os brincos de pérola
Que a mãe deu e olha-se ao espelho.
Sorriso de criança querendo crescer,
De quem a inocência é pura
E o amor, valioso,
Vem do fundo do coração.
De repente os sorrisos tornam-se impossíveis,
Longínquos e cruéis.
O coração não se parte, meu bem,
É pior! Esmaga-se.
Lá fora ele espera por ela.
Os seus olhos cruzam-se num chamamento íntimo.
Tão triste a criança que descobre
Um coração metafórico que não habita,
Nem existe em nós!
Patrícia Sardo, 12ºD
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