És vento
Estou de olhos fechados,
Quase adormecidos.
Estás furibundo,
Mas não sais do teu mundo.
Tu gritas, falas,
Mas nunca te exaltas
E continuas dentro da tua pequena concha,
Tão pequena,
Que quase consigo metê-la na mão.
Mas não!
És leve, e gordo, e teimoso.
Mudas como o tempo muda,
Ou então és constante,
És ar, és fogo, terra e água,
Quase tudo ao mesmo tempo,
E por isso não gosto de ti, vento.
Vento que voas e afastas as pedras
E arrastas as lágrimas do que arde.
És vento!
Bruna Duarte, 11.ºE
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