Missão Arriscada



Tudo se passou há um ano, aqui em Lisboa. Eu sou o Alex e esta é a minha história.
Estava à espera do meu tio para jantarmos. Já era tarde. Passavam das vinte e duas horas
quando bateram à porta. Fui ver quem era, confiante que era o meu tio, mas afinal era a
polícia. Disseram-me que o meu tio tinha morrido com uma bala no peito.
Quando ouvi essa notícia, não sabia o que dizer, chorei durante dias, mas jurei vingança a
quem o matou.
No seu funeral, conheci o Ricardo que era chefe do meu tio.
- Olá Alex – disse ele – o Paulo era uma ótima pessoa.
- Eu sei – disse eu – mas hei de vingar – me.
- Sei que vais – disse ele com um sorriso na cara – Alex, amanhã de manhã, quero que vás
ao meu escritório.
- Porquê? – disse eu desconfiado
- Tenho umas coisas importantes para te contar.
- Então lá estarei.
Depois Ricardo foi-se embora sem olhar para trás.
Nessa noite nem “preguei olho”, pois estava traumatizado com o sucedido.
Na manhã seguinte, fui ao escritório do Ricardo:
- Ah! Chegaste Alex. Senta-te.
- O que é que me queria dizer?
- Alex, o teu tio não era contabilista. Era espião.
Eu nem queria acreditar.
- Está a gozar. Certo?
- Alex, a morte do teu tio não foi por acaso. Ele andava a investigar a construção de uma
arma nuclear que, se fosse usada, poderia destruir todo o globo terrestre.
- E onde é que quer chegar com isso?
- Precisamos que o substituas.
- Não sei se estou preparado…
- Alex, o teu tio, desde miúdo, que te andou a preparar e, aliás, no cemitério, disseste que
te querias vingar. Esta é uma boa oportunidade.
Ao fim de pensar um pouco, disse:
- Faço isto pelo meu tio.
Fico contente por aceitares. Estão a construir a arma no Porto. Mas antes de ires, tenho de
te dar o material para a missão. Aqui tens umas botas-a-jato, um dispositivo GPS, uma arma
de raios de choque e de raios laser e um telemóvel para entrares em contacto com a agência.
O voo é daqui a meia hora. Boa sorte e vinga a morte do teu tio.
- Obrigado. Assim o farei.
Assim que cheguei ao Porto, instalei-me num hotel e fui à procura da fábrica. Nem foi
muito difícil de encontrar, pois estava a dois quarteirões do hotel. Nos dois primeiros dias,
espiei a fábrica de longe, mas, ao terceiro dia, estava pronto para entrar em ação. Vesti as
roupas e fui. Entrei pela janela sem ninguém me ver.
- Ricardo, então e agora? – disse para o telemóvel da agência.
- A arma deve estar no topo do prédio – disse ele
- Ok. Obrigado.
Andei cinquenta metros e vi um guarda armado. Sem medo cheguei ao pé dele, dei-lhe
uma pancada e desmaiou. A seguir, senti eu uma pancada e desmaiei.
Quando acordei, estava amarrado a uma cadeira.
- Onde estou? – disse eu ainda a acordar.

2.

- Olha quem acordou - disse uma voz lá de longe.
- Quem és tu?
- Sou o José Fernandes e tu deves ser o Alex, sobrinho do Paulo.
- Foste tu que o mataste!
- Não me quero gabar, mas fui sim.
- Seu… Tu vais ver – disse eu muito enervado.
- Como queiras. Agora tenho de ir ligar a arma. Adeus.
- Quando se foi embora pensava que estava tudo perdido, mas lembrei-me da arma de
raios laser. Usei-a com sucesso. Quando me libertei, vieram em direção a mim dois homens,
mas não estavam à altura. Derrubei-os num “abrir e fechar de olhos”.
Corri em direção ao topo. Cheguei lá e José disse-me:
- Tarde de mais. Já acionei o alarme da arma. Ao fim de três minutos a Terra será
aniquilada.
Tirei da arma e disparei acertando-lhe no peito.
- Isto foi pelo meu tio.
Tinha de pensar, como desativar a arma. Faltavam doze segundos e achava que não ia
conseguir, mas, no último segundo, salvei o mundo. A arma estava desativada.
Quando voltei para Lisboa, fui recebido pela agência com louvores.
A morte do meu tio não me saía da cabeça, apesar de ter vingado a sua morte. Agora sou
super-espião e como tal tenho que seguir em frente e ser forte, aconteça o que acontecer.

Hugo Rosado, 10.º D

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