Noutro lado



Despertei rapidamente, com um longo e grave som daquilo que me parecia ser o sinal sonoro de um barco. Não sei ao certo onde estou, nem me lembro de entrar num barco. O que estaria eu aqui a fazer?
Olhei à volta, para um quarto completamente formal e limpo: as paredes de um creme claro, mas tudo o resto branco (lençóis, cortinados e cómoda).
            Levantei-me de um salto, saí pela porta, e comecei a andar.
            Andei, em linha reta, durante o que me pareceram serem cinco minutos.
            Ao passar por uma porta, ouvi um ruído indistinto vindo dela. Arrisquei-me a entrar, e, abismado, olhei em volta, para uma sala, novamente branca e limpa, que era também gigante e ampla.
            À minha esquerda, uma empregada, completamente imaculada, dá-me as boas vindas com um sorriso afável, e, tratando-me pelo meu nome. Não faço ideia de como ela o sabia, mas nem lhe perguntei. Era tudo demasiado irreal.
            Por instinto, olhei para baixo, e estava um bilhete dobrado ao meio, com o meu nome virado para cima. Abri-o: “caminha e entra na porta à tua direita”. Assim o fiz.

            Ao entrar, encontro um homem parado, vestido de preto, a olhar pela janela do convés…


Vasco Cruz, 11.º H

Comentários

Anónimo disse…
Na minha opinião, este texto está muitíssimo interessante, mas a narrativa aberta não lhe assenta bem.
Ana Margarida
Anónimo disse…
Fiquei curiosa, gostaria de ler o desfecho deste conto :)
Ana Lúcia.
Unknown disse…
temos contista

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