Lembra-me de te esquecer
Não me esqueço que não me lembraste.
Não acredito porque não me disseste.
Prometeste, mas não cumpriste. Juraste que sim e que sentias, mas eu não queria
as tuas juras. Eu queria as provas.
Não provaste que querias. Não disseste que
sentias. Eu quis, mas tu não querias. Querias, mas não podias. Por mais que
tentasse, não ia valer de nada, já não resultava. Não havia físico, quanto mais
química. Eu gostava das letras, a literatura apaixonava-me e tu eras mais de
números, equações, … Nunca soube decifrar equações. Nunca te soube decifrar.
Nunca deixaste, eras difícil. Mas eu gostava do desafio e queria vivê-lo, por
mais que isso significasse sofrer! Lutei para ter e manter, para te ver sorrir e
poder sentir mais a cada dia que passava. Confiei e dei-te tudo à espera de
também receber. Mas tinhas muitas cicatrizes e isso fez com que nós os dois não
pudéssemos ser felizes.
Quem sofre por amor, sabe bem o que é sofrer,
sabe bem o que é querer e não poder ter. Mas, por favor, que nunca saiba o que
é perder. Porque quem ama não perde, só ganha.
Lembra-me de te esquecer.
Ana Varela, 10.ºK
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