Os Caminhos
Imagina uma estrada, uma estrada sem prédios,
sem pessoas, sem animais, sem nada nas laterais. Só tu e uma longa estrada,
preta. E, agora, tu deves estar a interrogar-te sobre o porquê de estares a
imaginar isso, quando não faz sentido nenhum. Mas eu passo a explicar.
Portanto, existe uma estrada sem nada, só
contigo e não consegues ver o fim dela. Agora, se pensares bem, isso reflete a
tua vida. Sim, é verdade, a tua vida. A tua vida é uma estrada em que não
consegues ver o fim, porque, dependendo das decisões que tomares, vais-te
decidir, por exemplo, se vais por um lado ou por outro. Se fores por um, vais
ter outras direções ou um caminho já feito; e, se fores pelo outro, vais ter
outras direções e caminhos diferentes. Contudo, essa decisão, a decisão do teu
caminho só te cabe a ti.
É verdade que, quando tomas uma decisão, não
sabes se foi uma decisão, um caminho bom a percorrer, contudo, mesmo que te
apercebas que viraste na direção errada, tens sempre, mas sempre, a hipótese,
de virares noutra que te faça ir numa boa direção. E isso é aprender com os
erros e aí tens duas opções, ou continuas no mesmo erro, na mesma direção má,
ou então remedeias os teus erros e viras numa direção melhor.
Como disse há bocado, só te cabe a ti, tu é
que fazes o teu caminho, tu é que fazes a tua estrada e lembra-te, há sempre
uma direção em que podes remediar os teus erros.
Rita Antão, 10.º I
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