Guerra




Noite fria de inverno
Em que espero pela geada dos teus olhos
Mortos à chuva penosa
De outras noites do avesso dos dias

E há uma folha lá fora
Que cai agarrada ao vento agreste do Norte
Que pisa e se demora
A dançar no baile da Morte

Sentido horizontal
Caído por terra
No chão de folhas coberto
De onde nasce um grito que berra

Cai e berra, grita e aterra
Foram os teus olhos que começaram esta guerra


Leonor Gaião, 11.º I

Comentários

Anónimo disse…
Através da leitura deste poema, consegui observar uma grande abrangencia face a todo um desenvolvimento do tema, guerra.
Em primeiro lugar, gostei muito da ideia da noite fria de inverno que a meu ver inspira qualquer leitor.
Em segundo lugar, é um poema com uma escrita adequada para o blog de uma professora atenta a todas as capacidades dos seus alunos.
Em suma, concluo e observo uma menina muito dedicada a todas as palavras escritas neste poema.

Tiago Tomás

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