A sensação do Amor - 3º Prémio do V Concurso Literário Camões - 2009/2010



Num olhar como nunca olhei,
Num pestanejar como nunca vi,
Surgiu na minha frente com um longo cabelo castanho e...
Sorriu.
Um arrepio percorreu-me o corpo,
Senti.

Numa palavra tão doce como o mais doce mel,
Num gesto tão suave como a mais leve das pétalas de uma rosa,
Cumprimentou-me.
O seu andar era certo, ritmado.
O seu andar contava uma história, não em verso, mas em prosa.

Ficara sem pinga de sangue,
Mas o coração em vez de parar palpitou acelerado.
A ciência estava errada... não dava resposta ao mais humano dos sentimentos.
Ficara boquiaberto.
Não encontraria no dicionário mais completo do Mundo um vocábulo que a
descrevesse.

Nunca sentiria aquilo ao tocar numa chama,
Era tão profundo,
Embora ninguém o visse,
Tão forte, mas tão superficial.
Só saberia descrever quem o sentisse.

Pensava no que fazer para sentir a sua pele suave e morena.
Pensava no que dizer para tocar nas suas mãos esguias e delicadas.
Pensava no que pensar para lhe dizer aquilo que sentia,
Em vez disso, contei ao vento o meu segredo...
Assentiu e a minha palavra chegou.
Ouviu, corou, riu e... suspirou.

João Santos, 11º D, Escola Secundária de Camões

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