Escrevendo com António Vieira

         Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos, na verdade, esta frase tem um sentido lógico que se adequa, perfeitamente, aos dias de hoje, do século XXI.

          De facto, Portugal é um dos países da União Europeia com a maior desigualdade na repartição de rendimentos e com uma percentagem de corrupção elevada; os ricos tornam-se cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, acentuando um conflito social entre estes dois grandes grupos.
          Evidentemente, que todas as medidas orçamentais impostas pelo governo à sociedade, tais como, a inflação ou a subida dos preços, atingem os mais pequenos, os mais carenciados, que, ao contrário dos grandes, precisam mais de ajuda e, acaba por ser a classe mais baixa, a quem são impostos os sacrifícios, que tem de se esforçar mais; ao passo que os grandes, que são os poderosos, acabam no final por saírem vitoriosos deste ciclo, sem se esforçarem para sobreviver nem controlando os seus gastos. Além disso, não se contentando continuam a comer, senão a devorar os pequenos.

          A meu ver, os grandes peixes do mar são comparados aos homens mais poderosos e mais ricos da terra, assim como, os pequenos peixes do mar são comparados, respetivamente, aos homens menos notáveis da sociedade e aos homens mais fracos, tanto no mar como em terra, os “grandes” continuam a comer os “pequenos, como era no tempo do Padre António Vieira, como é no nosso tempo e como será no futuro.

Sara Paulo, 11.ºH

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