Arlequim
A terra batida
O fogo cuspido
Um filme em cinzas
Tocando sempre o trompetista
Ainda estavas aí presente
O preto no branco, apareceu o palhaço
Corria o malabarista, no seu longo espaço
Olhávamos o céu
Em tempos estrelado, mas agora tapado
Pelos imensos planetas
Que se formavam num universo distante
A dama branca, de cabelos longos dourados,
Chorava a morte em seu redor
Pensando apenas no culminar da sua dor
Tantas eram as oportunidades
Mas mais eram as desilusões
No entanto, a felicidade reinava
Lá reinava ela à sua maneira
Bastava ouvir o velho homem de longas barbas
Nunca parando de dizer as palavras sábias:
“Três tiros por um dólar, ganhe uma boneca de verdade!”
E nós, sentados na terra batida
Observando sempre o céu, com a vista do circo do passado
Olhando finalmente a estrela do Arlequim
Telmo Felgueira, 10ºE
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