Poemas


“Trovão”
O céu estava alto
O silêncio reinava
Num reinado majestoso
O medo sugava
Toda a alegria do ar
Num trovejar impiedoso
Que tantas reacções suscitava
Que tanta gente assolava
Num tão complicado jogo meticuloso
Mas, no entanto, era apenas um ser amedrontado
Como uma criança perseguida
Tentando despertar nas gentes um receio medroso
Na esperança de obter um perdão misericordioso
De um sofrimento de uma vida
Mesmo assim, nada conseguia
De quem atentamente o perseguia
Apenas um ódio tenebroso
Vindo de quem tinha causado sofrimento
Vivia assim, então,
Por uma vida fora desgostosa
Assolapado no seu coração
Resultado de uma colecção
De tristezas
De uma criatura outrora sonhadora
Assaltado por incertezas
Que gostava de ter sido outrora
Autor de uma vida empreendedora

“Mudanças”
Há pessoas que não mudam
Há pessoas que também não querem mudar
Sendo assim não há possível alteração
Para quem assim quer permanecer
Há quem julgue saber tudo
Há quem queira ficar inalterado
Há quem insista em não dar ouvidos à razão
Quem ache nunca estar errado
Pois bem, esse alguém está mais uma vez enganado
Pois não deu ouvidos a quem devia
A quem mais bem lhe queria
Há pessoas que insistem em não mudar
Há quem nem sequer faça um esforço
Pelos vistos há mesmo quem faça por gostar
Realmente há mesmo quem goste de sofrer
É sempre mais fácil do que tentar mudar

Ana Margarida Fonseca, 10ºE

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