Brilho Lunar



Pelos caminhos escuros vagueio, olho, procuro.... por entre ruas pouco iluminadas observo as paredes gastas, os bancos vazios e as árvores despidas. Por entre mil e uma visões, fico paralisada a olhar o infinito por entre aquelas casas abandonadas. Ou apenas esquecidas, não sei. O que eu sei, é que dou por mim a olhar o estranho e curioso mundo nocturno. A magia do silêncio que é difícil de quebrar mesmo com um grito mais intenso.
A verdade é que a noite tem uma luz que jamais o dia terá. Tem a lua, por vezes, sem dar nas vistas, mas outras muito cheia. Tem o vento suave, ou talvez forte, e a pouco intensidade dos candeeiros de rua. O que eu vejo é ninguém. Isso não é bom? Não é reconfortante olharmos por ruas e ruas e não haver absolutamente ninguém? Nem um cão abandonado... Acho isso lindo. Profundo e inspirador.
Porque no meio de ruas libertas de pessoas, de folhas verdes ou talvez secas, estas ruas ganham brilho, tal e qual como no Natal, tudo iluminado. Mesmo que invisível para os outros, eu vejo o brilho que jamais verei no dia. Vejo a magia do luar, do sozinho, do bonito a tornar-se lindo. Porque a lua é outra coisa, é doutro mundo.
Porque, no fim, a minha certeza é, sem dúvida, que a lua, sim, a lua tanto cheia como vazia, tem mais brilho que o sol que nos é impossível olhar de frente.

Raquel Reynaud, 10ºE

Comentários

Anónimo disse…
Adorei Raquel, é sem dúvida um texto maravilhoso que nos faz divagar :)
Beijos,
Rita Amador, 10ºE

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