Atos
Chego
a casa. Vou para o quarto.
Fecho
a porta, mas o que mais anseio é libertar-me.
Abro
a gaveta do armário, e o desespero espalha-se.
A
luz do candeeiro ofusca-me, tal como a minha esperança.
Desaperto
os atacadores, mas continuo a sentir-me sufocada.
Acerto
as horas do relógio, mas eu continuo a falhar.
Vejo-me
ao espelho, e tudo parece invertido.
O
telemóvel perde bateria, e eu perco as forças.
Sento-me
na cadeira como num ato de desistência.
Observo
o quadro, mas abstraio-me nos pensamentos.
Ligo
o Ipod, a música está altíssima, e ainda assim o silêncio domina.
Agarro
o peluche, mas este parece áspero ao meu toque.
Estou
entre quatro paredes, e a minha mente não consegue sair.
As
lágrimas soltam-se... e eu invejo-as.
Catarina Carvalho, 11.º H
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