Deserto






Caminhante exausto e sedento
Errando por um deserto infinito
Deseja acabar com o tormento
Sonha com o paraíso restrito

Montanhas com neve no horizonte
A ironia cruel da distância e do impossível
A loucura e o desejo de uma fonte
O futuro aproxima-se com uma lentidão desprezível

As forças esgotam-se e a argila erodida racha
Olhando para o arbusto morto à espera que renasça
O tempo passa e o sol baixa

Ilusão de alguém esconde a solidão
Miragem inalcançável de uma salvação
Enfim, foi tudo em vão



Nuno Vilão, 11.º J

Comentários

Anónimo disse…
Caro colega,
O teu poema esta extremamente belo e passa uma mensagem muitíssimo interessante.

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