Noite Mágica
Era
uma noite fria e húmida, eu não sabia onde estava, pelo frio e humidade estava
perto do mar, mas não havia ondas. Pelo menos eu não ouvia nenhuma. Não sabia
que horas eram, e tudo o que eu via era a escuridão, já tinha procurado a lua,
mas não a encontrei.
Como
poderia eu saber se ia ser lua nova naquela noite? Já nem sabia o porquê de ali
estar, tinha uma mera noção de ter ido passear.
Era
isso eu tinha ido passear! Eu estava de férias. Mas onde? No Algarve? Não, não
podia ser, estava demasiado frio. Mas decerto não estava no Norte. Ou estava?
Seria que estava em Portugal? Bem, não me lembrava. Tanto quanto sabia, podia
estar em qualquer local perto do mar, ou de um lago. Era isso! Não havia ondas,
porque eu estava perto de um lago. Mas que lago? Eu não me lembrava de um lago
suficientemente grande para alterar a humidade daquela maneira. Quer dizer,
pelo menos não em Portugal, o que queria dizer que estava no estrangeiro. No
lago Michigan? Eu nunca lá tinha ido, mas sempre achei que seria grande, mesmo
Muito Grande, sim com letra maiúscula, mas talvez fosse pequeno, mas não
Pequeno com letra maiúscula. Simplesmente eu não sabia, não sabia o tamanho do
lago Michigan, não sabia sequer onde estava. Estava tipo Sócrates “só sei que
nada sei”.
Foi
aí que vi uma luz, era meio amarelada e quente, era um anjo? Talvez um ser do
lago, tipo uma sereia voadora, ou uma feiticeira. Ou simplesmente uma truta mágica.
Não
era apenas o sol, que com a sua luz iluminava o local
onde tinha caminhado durante a noite. Continuava sem saber onde estava, mas
agora tinha luz.
Guilherme
Fabião, 10.º I
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