A interrogação


Escuridão, negrume, vácuo, nada. Ou um paraíso onde somos o que quisermos? Uma alma que se perde, um corpo que se decompõe, ou um corpo que se biodegrada com a missão de alimentar os seres seguintes
e recomeçar toda uma cadeia, e uma alma que nasce num outro corpo, para uma nova encarnação em busca dos objetivos que sabe-se lá quem decidiu que esta ou aquela alma iriam ter?

O que acontece depois da morte? Será a reencarnação uma realidade ou uma forma de descansar a mente dos entes queridos, uma forma de os mesmos ficarem descansados, pois não acabou tudo ali, pois aquela alma, a alma da sua pessoa não se perdeu, vai simplesmente para um sistema à espera do próximo recém-nascido onde reencarnar, para voltar a viver e cumprir os objetivos para si decididos?

O que acontece depois da morte? Será o paraíso e o inferno uma realidade ou também uma forma, tal como a reencarnação, de descansar os entes queridos e as vítimas de más ações, as quais anseiam que por esses maus atos cometidos, os que os cometeram irão para o inferno, para arder num fogo eterno.

Apesar de tudo o que pode ou não acontecer depois da morte, existe uma outra pergunta, o que é a morte? As últimas palavras de Simon Bolivar foram articuladas em jeito de pergunta: “Como irei eu alguma vez
sair deste labirinto?”, a que se referia ele com labirinto? O que é, para ele, o labirinto? O fim do seu mundo ou o início de uma outra vida, num outro lado? A qual delas estará ele a tentar escapar? À morte, sendo ela a escuridão ou uma outra vida, ou a um qualquer sofrimento atroz em vida? E como poderá ele sair desse tão dito labirinto? Com paciência e devagar, ou a direito pelos problemas e depressa? Será a saída deste labirinto uma metáfora para o fim da vida? O que nos está Simon Bolivar a perguntar afinal de contas?

Inês Rosa,  11.ºD

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