Pensando a par com o Padre António Vieira


 Perguntado um grande filósofo qual era a melhor terra do Mundo, respondeu a mais deserta, porque tinha os Homens mais longe. Ora como é possível discordar deste grande filósofo, se os homens continuam tão egoístas e ambiciosos quanto no seu tempo? 
 Na verdade, são poucos aqueles que contrariam a maré consumista e individualista da sociedade. Tome-se, por exemplo, e seguinte situação: um homem que para receber uma promoção no emprego tem de ter melhores resultados nas vendas que os seus colegas. Isto é nada mais que um incentivo à competitividade e ao individualismo. Se , para alcançar a promoção, ele tiver de trair a amizade que tem com os colegas assim o fará, para que os seus objetivos pessoais possam ser cumpridos. É isso que funciona mal nas sociedades atuais, ao invés de se apostar na união e na entreajuda para atingir objetivos comuns, aposta-se na competição em função dos objetivos individuais. Cada um se preocupa consigo mesmo, ignorando as condições em que o próximo vive, a não ser que veja algum tipo de oportunidade nisso.
 Por outras palavras, as sociedades esqueceram os valores e cada indivíduo passou a focar-se apenas em si próprio e nos seus problemas quotidianos. É evidente que debaixo destes preceitos é praticamente impossível contrariar o rumo que a Humanidade toma. No entanto, há quem o consiga e não se deixe aliciar pelas estratégias de marketing que apelam ao consumismo e capitalismo. É o caso de associações humanitárias que procuram incessantemente ajudar o necessitado. Então, apesar de tudo, há certas pessoas cuja presença e proximidade merece ser conservada, como o caso anteriormente referido e ainda de pessoas altruístas capazes de manter os valores de ajuda e compaixão para com o próximo. Em suma, o melhor sitio do mundo é aquele no qual se encontram afastadas as personalidades egoístas e individualistas que compõem quase a totalidade das pessoas atualmente.


Carmen Sofia Fortes, 11.º D 

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