Amor de Luar
Sentada no luar de uma noite escaldante,
desejava um certo brilho ofuscante,
que me fizesse sentir a estrela mais radiante,
provocando na Lua aquela respiração ofegante.
Coberta apenas pelo calor do vento,
só aquela aragem conseguia ler o meu pensamento.
Assim, estendi o meu cabelo ao sabor do momento,
para que mais ninguém ouça falar desse sacramento.
Fugindo depressa, dessa maldita escuridão,
eis que dei por mim a pedir perdão.
Perdão esse, que nunca me conseguiram arrancar do coração,
que ainda hoje me faz pensar se cometi alguma traição.
Aquele luar nunca me vão conseguir furtar,
pois é por ele que continuo a amar,
sem nunca para trás olhar.
Procurando conseguir afirmar, que é contigo que quero ficar.
Mafalda Serra, Escola Secundária de Camões, 10ºE
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