Tempo parado
És o tempo
Vais e voltas
Sem pré-aviso
És cego
Não tens sentido
És parado
Parece que foste detido
Vejo o meu reflexo na água
Olho, e olhos, e perco tempo a olhar
e vejo que não aproveitei nada
Mudei de cara, a cor do meu cabelo
Mas apercebi-me que não fiz nada de jeito
Deixei quem amava
Lutei por quem me odiava
Mas como dizem, “o tempo cura tudo”
Não és professor, Tempo
Não me ensinas a curar o que me fez mal
Nem me ensinas a relembrar o que me deixou feliz
Não és nada, Tempo
Ora certo, ora incerto
Não te sabes definir
És simplesmente tempo,
Tempo parado.
Bruna Duarte, Escola Secundária de Camões, 10ºE
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