A cultura do inculto




No mundo, ou pedaço do mesmo em que vivemos, todos temos de ter cultura, e aí do pobre coitado que não tenha, passa logo a ser burro.
O gozo e as críticas tomam o lugar da conversa saudável, mas será que um ponto do nosso cérebro, composto por milhentos pontos, fará a diferença?
Se calhar até faz, pois o mundo está no avesso total, e ser burro e haver burros é como beber água, é uma necessidade.
Muitos ganham com a burrice dos outros, e dá muito jeito haver burros e coitadinhos, numa sociedade assim, quem ganha são os sábios que numa avalanche de solidariedade cultural vão ajudar os incultos, na História que não lhes pertence.
Mas será que a burrice existe? A burrice e a perfeição estão longe de serem alcançadas, são os extremos da sabedoria da vida, ninguém é totalmente inculto, somente, existem aqueles que não sabem ainda tanto, mas que sabem pormenores e possuem vivências, que às vezes os cultos nunca sonham que possam existir.

Luísa Vera, 10ºE

Comentários

Anónimo disse…
A inteligência revela-se de várias formas e a muitos níveis e é frequentemente confundida com a cultura. Conhecer aquilo a que, se quisermos, podemos chamar de factos históricos não pressupõe, por exemplo, uma boa capacidade de raciocínio. O que acontece é que ao lermos e ao termos contacto com o que foi feito anteriormente (ou mesmo contemporaneamente) a nós estimulamos a nossa capacidade crítica, a nossa exigência, o vocabulário, a imaginação, etc. E não deixemos, de facto, de reconhecer que conhecer o que nos antecede traz apenas vantagens. Mas tal como é indicado no texto teremos sempre a enriquecer uns com os outros.

Rita Aquisição, 11ºL

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