Silêncio...
Há horas que estou
sentada a olhar para ti. Estou à espera que a imaginação me invada e me faça
escrever-te. Quero escrever-te algo com sentido, que tenha significado de
alguma forma, que faça o lápis deslizar mais facilmente do que tem deslizado
até agora. Quero contar-te algo novo, relatar algo que ainda não tenha sido
relatado. Quero que passes de uma folha com simples palavras. Quero algo único.
Quero que sejas relembrada. Tal como se faz na vida, eu quero fazer contigo. Na
vida, nós observamos, esperamos e agimos. Deixamos que a nossa mente nos guie
nos seus próprios pensamentos e que daí surja algo para dizer. Surja algo com
sentido e significado, que nos mova. Que nos torne mais do que simples pessoas,
que nos torne capazes de inventar e criar algo novo. Algo único. Algo que seja
relembrado. Algo que, quando chegar o momento de nós partirmos e de tu seres
rasgada, fique gravado e seja para sempre recordado. E esta, é a simples
filosofia de vida a que todos somos sujeitos: nascemos, e daí escolhemos morrer
simplesmente ou deixar algo que nos faça viver eternamente.
Filipa Afonso, 11.º E
Comentários